segunda-feira, 14 de setembro de 2009

ENQUANTO O CAOS SEGUE EM FRENTE COM TODA A CALMA DO MUNDO


Os pneus de sua motocicleta pareciam patinar sobre o asfalto das curvas e linhas retas, tal qual o patinador no gelo procurando aventuras casuais e quietas nos tumultos embebecidos pela agonia da sede de libertação da aflições cotidianas nos assuntos superflos e gargalhadas tortas, tontas ébrias da madrugada.
Mas, ainda não havia chegado a lugar algum, estava procurando. A cidade parece vazia. Pelo dia um sol danado que empurra os cidadãos para as calçadas a fim de aliviarem-se nos tragos adormecentes.

Poucos lugares, ele notou! Não haviam muitos becos para entrar como antigamente. As modas se tornaram velhas nesta cidade! Contudo, guardava uma certa calma com relação a isto. Lembrou daquele velho mito de que quando as coisas estão quietas demais é por que um caos está para se firmar, alias, a bolha já está se formando em algum lugar de alguma forma.
Mas tanto faz, se há um caos invisível ou se algo muito bom está prestes a romper junto com a aurora, lhe importava cumprir consigo mesmo as obediências a sua efemeridade, ou seja, estava mesmo era louco era para aproveitar a noite. Desta vez, via tudo como se houvesse ressuscitado do Hades. Percebia no clima quente uma nostalgia estranha, sentia que aquela era uma noite onde nada importava a não ser a embriaguez da alma nos encantos noturnos.
Então passou em frente àquele sobrado fantasma. Era um sobradinho que a anos atrás passava para vê-la sem que ela soubesse.

É como se sua motocicleta tivesse se transformado em dirigível sobrevoando um intervalo não muito distante do seu passado. Percebeu então que realmente não havia problemas na noite. Não é que não existiam lugares para ir ou o que fazer, era sua ausência que tornava tudo vazio e sem sentido. Precisava mesmo, de fato, era estar com ela, seja onde quer que fosse.

Um comentário:

Paloma disse...

eh, violeiro!!

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