quinta-feira, 23 de junho de 2011

O SOBRADO DA CASA


O sobrado da casa

Alhos fritos deixavam o ar com aspecto de fogueira quando está se apagando, mas o cheiro era extremamente atraente as boas narinas. Dava mesmo vontade de ficar na parte que era destinada a cozinha apenas para ter profundas viagens sob o psicodélico sabor do tempero.

Esse cheiro fique sabendo, não era consentido apenas por quem estava dentro da casa, mas também por quem passava na rua: a fumaça saia pela janela do sobrado e para quem já estava acostumado a passar pela rua sabia que aquele era sinal de que o morador estava provavelmente incorporando o seu espírito cientista e que de outro modo também esta demente em seus devaneios pessoais. Havia aqueles que apostavam, no bar um pouco mais abaixo da rua, qual seria o próximo sinal após depois da fumaça.

Jeremias sentado em um canto mais escuro e menos movimentado do bar viu um cara entrando com calças desajustadas e camiseta amarrotada era de quem havia acordado naquele momento, assim também como sua cara denunciava. Logo percebeu que era o homem do sobrado que expelia o sabor do alho queimado pela janela.

Logo ocorreu a Jeremias que era um bom momento para ganhar uma aposta e se dirigiu a mesa onde se discutia o próximo sinal após o cheiro do alho e disse: o sinal seguinte seria o dono do sobrado comprar cigarros baratos e uma garrafa de aguardente, mais cebola e tomates. Agora aposto o dobro de tudo o que foi apostado que o passo seguinte será ligar para ela.

Um comentário:

Diane disse...

Difícil encontrar alguém que hoje nos traga a emoção de uma singela crônica, com todos os seus detalhes minuciosamente elaborados, para que, um reles leitor como esse que vos escreve, se deleite e se encontre na viagem literária que o seu blog nos proporciona. Continue!

Seguidores

Revista Palmito City