A cortina de calor se estendeu sobre o céu da cidade. Como um manto, uma abóbada feita com tecido de mercúrio e revestimentos externos de latão.
Garrafas de cervejas são esvaziadas aos goles em cada bar, em cada canto onde possa fugir da agrura que cai de cima. O velho olhou para cima e disse: “e o fim dos tempos” e sua filha mais sabida disse a ele que aquilo eram mesmo ações dos homens desmatando, jogando mantos de concreto onde deveria haver mais chão verde, de preferência piso natural.
Em dias de chuva, fiquem sabendo, não é assim, tem dias que gela mesmo, e foi quando a moça que veio do sul passar as férias na casa da tia lhe respondeu: “Difícil acreditar que haja pelo menos um dia de refrigério neste lugar!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário