terça-feira, 3 de novembro de 2009

CAPA - ELOGIO AO PROZAC


Professoras, principalmente elas. Mulheres com uma vida paradoxalmente estranha. É que se alguém tem a chance de ouvir uma conversa intima destas mulheres quando se reúnem em planejamento de aula ou outra situação, vai ouvir cada coisa. A felicidade delas depende de três pontos que precisam estar bem ligados, caso contrário, desanda tudo.

O primeiro ponto é o financeiro, o segundo ponto é o profissional e o terceiro é o amoroso. Acontece que na maioria dos casos o lado profissional e financeiro, por mais que não seja lá essas coisas, não incomoda tanto quanto a vida amorosa estar desajustada, o que na maioria delas está.
Tudo o que uma professora quer é ser amada e poder mostrar para as amigas que esta sendo bem tratada por um homem. Ter um “macho” que cuide bem dela é um sonho raro entre poucos.
Não sei bem o que torna esse lado da vida de uma mulher que geralmente é pacifica e está disposta a ser amada tão infeliz. Dizem que é a vida corrida, pouco dada a sua casa, mas elas explicam ao contrário, que a vida corrida e a prisão ao trabalho é por que querem estar enfiada no trabalho e afazeres para não ser consumida pela angustia e depressão.

Eu cito as professoras e mulheres da Educação em geral por que são os exemplos mais próximos do meu convívio o qual posso afirmar, contudo, parece que a extensão do sentimento de abandono e a falta de carinho tem sido detectada em outras áreas quase que na mesma proporção.

Neste momento entra o melhor companheiro, o PROZAC. Sim! Cito o Proozac para salientar todo o conjunto de medicamentos que vem viciando cada vez mais, principalmente as mulheres independentes e a aparentemente bem realizadas.

Sabe-se de surtos de psicose, neurose, esquizofrenia e depressão aguda seguido por desejo de suicídio entre estas classes que estou citando.

A droga farmacêutica já não é mais SOSSEGA LEÃO para gente doida, é utilizado hoje naturalmente como um subterfúgio para a dor sentimental.

O gozado é que entre as mulheres mais ferradas, sem profissão, com uma penca de meninos para criar sozinha, sem formação alguma e dependentes de diárias a coisa não é tão séria. Geralmente o grande problema destas mulheres é que tem homem demais em cima e têm se visto, por exemplo, que homens casados com mulheres bonitas, independentes e bem formadas, deixam seu lar para cultivar um caso com uma pobretona lá pelas bandas das Arnos ou Aurenys. Quando uma dessa cai na casa de uma viciada em maconha de drogaria, aí o seu desespero a leva a beira do suicídio.

O Prozac nem é a medicação ultraacalentosa, mas é o remédio que simboliza uma série de outros com cores de tarja diferentes que funcionam como mediador entre o alivio e a esperança. É droga! É pior que maconha e não tão menos viciante que a cocaína.

Quando uma é feliz neste aspecto geralmente ela mata as outras de inveja. É só uma servidora publica da Educação chegar e ficar se esnobando que o marido lhe deu uma noite assim e assim que fez isso e aquilo que as outras ficam inchando que nem sapo cururu de ódio, balbuciando pelos cantos e sorrindo de canto de boca como que insinuando que ela está mentindo. É que na verdade quando isso acontece, de alguma chegar se esnobando, na verdade é por que a noite foi torturante e são os seus olhos cansados que revelam que a história é outra.

Um comentário:

Rê disse...

uma séria questão de saúde pública... o uso abusivo de medicamentos controladosss.... reflexos de uma sociedade que ainda não ABOLIU o TRABALHO...!!!!

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