quarta-feira, 8 de julho de 2009

EDITORIAL: O MONSTRO DE FRANKENSTEIN

Bernie Wrightson: O monstro de Frankenstein busto

A verdade é que todos nós somos de uma raça nojenta. Odiamos os pobres por não terem culpa de nascerem assim. Incriminamos negros por macular a perfeição que é a pele amarela e anêmica. Rimos de gente gorda por que elas são pateticamente o oposto daquilo que o pau ou a vagina desejam, mas achamos na religião e na mentira intelectual a maneira de purgarmos isso, e a maneira mais conveniente de fazer é dizendo: “eu não sou assim!”.

A figura literária que disseca a descrição perfeita desta sociedade imunda é o monstro de Frankenstein. Tanto a sua figura assombrosa, o médico e a sociedade da qual tentou participar.

Victor Frankenstein ao criar o monstro fica assustado e repudiado com o que criou. O monstro não é mau. O monstro não é um demônio. O monstro era alguém que veio ao mundo pelas mãos de um cientista louco e logo experimentou todo a excusa de um povo por não ser parecido com todos.

O monstro de Frankenstein após fugir do laboratório mostra-se habilidoso na mata. Aprende a comer frutas e vegetais, lidar com o fogo e todas as técnicas de sobrevivência, mas todas às vezes que era avistado por pessoas era agredido e vilipendiado antes mesmo que pudesse traçar qualquer diálogo.

Escondeu-se numa cabana, e eis aqui uma das narrações mais lindas do livro que me leva onde quero chegar.

Uma família de nobres empobrecidos mora na cabana ao lado da dele, e, pelas frestas da cabana observa o que se passa entre os vizinhos, um casal de jovens irmãos e um pai cego, mais a noiva do mancebo. O monstro aprende tudo espiando. Ler, escrever, entre outras coisas.

Ele decide se apresentar em um momento em que só está em casa o velho cego, que o recebe muito bem, conversa e tudo mais, no entanto, quando os outros chegam que o vêem, logo o escorraçam como todos anteriormente, ao que o monstro se torna profundamente amargurado e sozinho, não obstante ser de sentimento e alma boa.

Ele depois reencontra o seu criador e pede para que faça uma fêmea para ele, e se fizer, vai embora para América do Sul e se esconde da humanidade. Frank então começa a construir a criatura fêmea, mas não conclui com medo de criar uma raça de criaturas monstruosas, então, para.

A criatura após isso se torna hostil e mata os parentes próximos de Victor Frank, como sua noiva e cresce o ódio e raiva contra todos pelo desprezo e como vingança por Frank não ter concluído o acordo.

Ao final da obra de Mary Shelley, Victor Frankestein morre na cabine de um barco que encontrou após incessante perseguição ao monstro, e ao morrer, o capitão encontra o monstro na cabine pranteando seu criador que promete sumir e não cometer mais crime algum, já que sua ira havia morrido com Frankenstein.

Agora, após um resumo da obra, me diga, em que somos diferentes? Não somos todos julgados ou juizes a partir da aparência sem mesmo experimentar o que alguém tem?

Está edição será dedicada aos escalafobéticos sociais. Pessoas que são transformadas em criminosos, bandidos, marginais, delinqüentes ou excluídos pelo simples azar de nascer pobre, feio ou com tendência obesa. Abro agora o lado mais imundo do universo, se tiver estomago me siga este mês, senão, volte a acompanhar o blog em setembro. Até, então!

Nenhum comentário:

Seguidores

Revista Palmito City