Nasci, a primeira, amarga pétala de rosa
Recauchutado em mundo, provim
O lodo de meus sapatos
O lodo de meus sapatos
Profanam de onde viera
As ventanias penteiam meus cabelos
Ao modo do destino
Ao modo do destino
As facetas de um sorriso
Atraem-me e trai-se
Aflora-se em meu ver
Espinhos que se moldam
E perfuram a superfície de meu ser
O oficio perpetuo da carne
Faz-me transpor tudo isso
À beleza cega da mais tenra rosa
Em mãos virgens
Ansia que corrói minhas entranhas
Um anjo que bate tuas asas
Formando ares e ressonâncias
De um doce pecado
As mãos atadas, os corpos envoltos
Tremem como a tempestade
Que sopram as raízes dos folhetos
De uma estonteante razão
Para dar vazão à vida
No fim mais um virá
Para renascer como mais
Um espinho que se murcha
Diante a leve amargura
De mais uma dezena
Do Rosário de uma existência
Quase, assustadora e mística
Cumprirei minha devoção
Em acontecer
Deixarei minhas marcas
No templo da maldição, amanhecer
Obterei minha benção eterna
Foi-se, a última pétala
De meu rosário em você!!!
(Thiago Eon)
4 comentários:
o desenho tb é de Tiago Eon?
do intolerante kkkkk
imaginei !!!!!!!!!!!!!! Maravilhoso!
é...mas tudo ao seu momento
talvez não o certo para ler agora
para vc...
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