segunda-feira, 17 de novembro de 2008

MUSICA NACIONAL- ESTUDIO COCA COLA. A ABERRAÇÃO DO FIM DOS TEMPOS REVELA O DESESPERO DA INDUSTRIA FONOGRAFICA


“O Estúdio Coca-Cola Zero é o lugar onde rola a Lógica Zero da Música. Isso quer dizer o seguinte: a gente junta duas bandas que parecem não ter nada a ver e elas provam no palco que é de misturas musicais loucas que saem os sons mais legais! A Coca-Cola Zero organizou 4 encontros sem a menor lógica com 5 episódios cada um. Tudo isso com o talento da galera da MTV e com a produção musical do super Miranda.

Fresno e Chitaozinho e Xororó
Paralamas do Sucesso e Calipso

Charlie Brown Jr e Vanessa da Mata

Natiruts e Dj Malboro.”
(Extraido do site da Coca Cola Zero)

Anos atrás o Sepultura já havia tocado com o Zé Ramalho (fez ate a musiquinha das borboletas) que tocou com o Chitaozinho e Xororó (fez até a musiquinha sinônimo) que tocou com o Fresno que não fizeram porra nenhuma.

Encontros entre bandas ou participação de fulanos que incrementam em determinado show ou gravação de música de certa banda é comum no histórico do rock. Mas o que este Estúdio Coca Cola vem fazendo não é nada em função das junções artísticas, é desespero mesmo.

Eles chamam de lógica zero, e de fato não estão errado, não tem lógica alguma, e até teria, se o ideal fosse a exploração da variedade artística incrustada na música brasileira.

Tudo bem que tem uns casaizinhos que se combinam e também é compreensível que os caras precisam sustentar suas famílias ou manter o nível de vida que elevaram sempre de boa. Mas, se fazem essas merdas em função disso, importa que sejamos INTOLERANTES, nós que não temos nada a ver.

A INTERNET E A PIRATARIA.

O dispositivo que leva a industria fonográfica a apostar na mistura é fruto da incomodação que a Internet vem provocando. Com isso, vê-se obrigada a adotar medidas de desespero, tais como, venda de coleção de cds em caixinhas decoradas parcelado em tantas vezes no cartão de crédito e esses encontros desnorteados onde podem juntar os ainda compradores de cds de vários gostos em uma só levada.

Também tem a pirataria. Mas que coisa louvável a pirataria. Que maravilha. Pois quando a industria colocava no rabo de todo mundo um CD no mercado a preço assustador, ninguém poderia reclamar, pois ou comprava ou não ouvia, alias, ouvia sim, por que a pirataria já havia a muito tempo. Eu particularmente gravava fitas cassetes dos discos dos meus amigos e eles da mesma forma. Depois a gente juntava uma grana, comprava aquele CD do Pink Floyd ao vivo (pulse) que custava mais de 50 pila e saia reproduzindo para todo mundo.

Eu lembro que as empresas de aparelhos de sons junto com a industria fonográfica diziam que se você colocasse o CD que não tivesse a mídia e a pintura deles o som iria estragar. Hoje em dia todo mundo grava mp3 no computador e coloca aonde quiser e não acontece porra nenhuma. É certo que a mídia de um disco original é superior a um CD de 1 real, mas e daí, já não se precisa de CDs mesmo, melhor são os aparelhos de mp3 adaptáveis ao som do carro, da sala, e que se pode ouvir até dentro do buzão.

Internet, pirataria e inovações tecnológicas vão levando o mercado a apelar para a única coisa que ainda lhes serve de estratégia: O SENSO COMUM. Quer dizer, apoderar da inocência das pessoas para poder manter-se vivo.

A VEZ DA MÚSICA INDEPENDENTE

Graças a Deus pelo fim do mundo. Quando se fala em bancos internacionais quebrarem, bancarrota de multinacionais, crise na industria fonográfica, entre outros caprichos das profecias, só quem é beneficiado é o espaço independente, daqueles que ainda prezam por fazer algo independente das obrigações e opiniões que os cercam. Que se dane essa porra de Coca-Cola Zero, que se dane também essa fusão de estilos perdidos em naus abaladas pelos ventos tempestuosos dos fins dos tempos.

É hora de voltar para as garagens. Hora de montar um estúdio pequenino dentro do quarto, fazer um EP e tocar na praça, na feira, entre os traunsentes; vender o disquinho caseiro e junto com a net destronar de vez esses safados que adulteram a música em favor do gosto do senso comum.

É hora de acabar com a arrogância destes malditos mecenas que vendem estilos, que convencem a sociedade sobre o que é bom e ruim, feio e bonito. Danem-se carrascos. Fodam-se senhores feudais, agora chegou a vez dos verdadeiros artistas arregaçarem as mangas e fazerem sua obra do jeito que seu subjetivismo implora.

Pode falir. Quebrar. E apelem. Podem apelar, façam essas drogas de novidades fajutas, pois o fim dos tempos chegou e as suas aberrações iram dançar junto a sinfonia da destruição ecoada por nossas guitarras sujas e com todo o veneno que ainda se pode extrair do bulbo da boa índole musical.

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