quarta-feira, 8 de outubro de 2008

BANDAS ALÉM MUROS: MEROS - BERROS E POETAS DO CAOS

Poetas do Caos:

Enquanto o nome de uma expressa um tom modesto em relação ao que propõe, a outra ostenta uma junção de “lírico – maldito – marginal”. Em outras palavras, Meros – Berros é uma definição de “simples gritos”, “nada mais do que alguns berros”, e por ai vai. É a expressão catártica libertadora, a não necessidade de se expressar por meio do manipulado e enlatado formato proposto pela grande mídia, pelas ânsias mercadológicas do mercado fonográfico e pelas cobranças de uma modernidade falida, afundada em sua merda.

Dentre a procissão de cegos e mudos que não se expressam, que não se expõem, que nada falam, que nada gritam que nada BERRAM, Meros Berros sobe ao topo da montanha e ecoa um grito – bumerangue, que vai e volta com batidas seqüenciais de repetições de protesto e desabafo. Meros não se deixa ser, pouco, pequeno, simples e inofensivo. Pra que muitas fala? Por que grandes berros? O nome parece mesmo definir a necessidade de objetivo e diretividade frente a uma geração paloreira que fala, mas não berra. Que estuda direitinho a cartilha de como fazer rock, e canta bonitinho, e veste bonitinho, mas não berra, e quando berra, são apenas berros e não Meros – Berros.

Enquanto que a outra se julga “poetas”, definição perigosa quando relacionado ao campo da escrita e literatura. Perigosa por que definir algo como poeta, e logo na obra prática evidenciar uma ausência de poesia e concreta expressão subjetiva. O nome pode transmigrar para o campo de “pura ostentação vazia”. Mas logo em seguida vem o “caos”, maravilha, o caos é tudo, por que o caos liberta o sujeito da obrigação parnasianista do enquadramento nas formatações puritanas do que é a poesia. Ser um poeta do caos é contemplar a crise, o submundo, o abandono, o desencanto.

O caótico permite ser maldito, sujo, impuro, profano e agressivo. No caos a poesia, assim como o berro, pode assumir escopo peculiar. Há cobranças, críticas, sugestões, mas o caos não obedece isso, o caos é por si só uma condição de desconstrução, de reconfiguração.

“Que se dane, importa que haja o caos, importa que hajam o berros!”

Meros – Berros e Poetas do Caos, portanto, somam duas bandas de qualidade fora dos muros da capital. Ambas, com seus estilos diferentes, assumem a marginalidade de se expressar, ou berrar, de acordo com a necessidade de expor a cara de uma sociedade vagabunda, que a medida em que confia em seu dinheiro e em suas vaidades apenas se afunda mais em Prozacs e consultórios de terapias intensiva.

O poeta do caos acusa a pouca vergonha que existe entre nós. A nossa hipocrisia, nossa falsa bondade, nossa misericórdia católica fajuta. Meros – Berros grita ao âmago da alma a necessidade de libertar a poesia, o belo, o homem oculto dentro de cada um. Maravilha a conjuntura formada por essas duas bandas:

Meros berros suscita os poetas, enquanto os poetas suscitam os berros!
RELEASE POETAS DO CAOS CONFORME ESTÁ NO ORKUT

Poetas do Caos nasce junto com a poesia caótica sem muitas pretenções filosóficas, porém sem perder o senso de humor mesmo abordando as mais bestiais faces da humanidade. Rock'n roll, blues, baião, reggae, punk, bossa ..... Seja lá o que for somos apenas os Poetas do Caos. Pois sem Caos não há inspiração.
Line Up:
Fernando (Cachorrão) Rios - Guitarra"Consome rock com farinha de puba"
Adriano Marinho - Contra-baixo elétricoTocador, músico, professor, arretado...
Alexandre (gagonço) Carneiro - Bateria e 1, 2, 3 vai!! Apreciador dos melhores e piores derivados da cana-de-açúcar.Cláudio (poeta)
Macagi - Vocal e cabaçaLetrista e poeta caótico. Não é eclético, é um prostituto musical de tanta coisa que escuta (menos a bagaceira).

Comuna do Orkut:


Myspace:



MEROS – BERROS, TAL QUAL APARECE NO ORKUT

Meros - Berros:

A banda Meros-Berros – nome gentilmente cedido por Remo Daris, vocalista da Mata-Burro - foi formada em meados de 2007 por remanescentes das extintas bandas Contramão (1993) e Smarffs (2005).Sua formação traz consigo uma cultura diversificada de influências que refletem na ecleticidade sonora da banda, que tem a energia do punk-rock como fio condutor dessa coalizão musical.
Seus integrantes
Kelder, vocal;
Cássio, guitarra;
Adriano, baixo;
Jearlan, na bateria.
Botam muita fé no rock como elemento eficaz de inclusão social através da culturalidade da música como expressão sincera das angustias do grupo.O ponto de partida, que culminou na intensidade da proposta musical, iniciou-se há longos anos, com algumas experimentações (sempre solitárias), do “guitar-punk-Cássio”, criando arranjos inspirados em poesias a pedido de um grande amigo já falecido, Edson Coêlho.
Os resultados foram tão surpreendentes que o inspirou a compor mais arranjos noutras poesias e letras de parceiros do rock ao longo do tempo, a saber: Emerson Silva (bento), Remo Daris, Carlos de Bayma e Rivas Araújo (HTTP).
A originalidade e a inquietação encontradas nas performances dessas músicas despertaram a atenção da massa roqueira pensante, e por incrível que pareça, de pessoas que não tem afinidade com o gênero.
Foi apostando na qualidade do trabalho da banda e na aceitação do público em geral, que o Cineasta Independente e Produtor Cultural, Cássio Cerqueira, o Geógrafo Kelder Lacerda, o Pedagogo Adriano Rocha e o Historiador, Jearlan A Chaves, resolveram abraçar a causa, com uma proposta clara de intervenção cultural, tentando assim, expandir o leque cultural da juventude miracemense, com músicas que perpassam pela fúria punk chegando até os singelos acordes da bossa nova.Diante do exposto, vale a pena da uma conferida no trabalho que vem sendo desenvolvido por essa turma.

Profile Oficial no Orkut:

Um comentário:

Macagi disse...

"Aliciar Mentes"

Aliciar mentes
Como cimento
Se minto
Ao sentido
Sem antídoto

Dou autoridade
Ao autodidata
Um manjar dos deuses
Para manjados deuses

Bons costumes
Em maus curtumes
Na cartomante
Vi a carta ao amante

Contradições
Contra edições
Alucinantes
Elucidantes

Aos dez pelados
Já despelados
E sem calçados
Nas calçadas

E o calafrio
Cala o frio
E acalma
Cá a alma

Cláudio Macagi (Poetas do Caos)

Abraços

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