segunda-feira, 22 de setembro de 2008

MARCUS MESMO: INDIE INUSITADO

“A gente se mata para fazer alguma coisa na droga deste lugar e a única coisa que ganha em troca é o insulto por admitir ser diferente do convencional. Rivas”

Fazendo menção não só a mim, mas ao desabafo de muitos artistas marginais que deixam o terreno quente de Palmito City para sobreviverem em outros lugares, trago a discussão à triste realidade que nos cerca a este respeito.
Uma vez ouvi de pé de ouvido o Baixista da banda Caixa de Maribondo e professor de música da Fundação Municipal de Cultura, Diego, falando sobre bandas de rock em Palmito, e dizia:

“Muita gente acha que não é possível sobrevier com banda de rock aqui, mas é possível sim, o que falta é organização”

Mas ai me surge a questão sobre bandas que foram organizadas no passado e que hoje são apenas história, como uma das primeiras bandas de rock de Palmito a Infecto Feto. Com estrutura e qualidade, logo sentiu a pulsação alentando e, enfim, se foi. O vocalista e principal integrante da banda Gregory, vive atualmente em Goiânia e tem uma banda chamada Olho de Peixe.
Outra banda neste sentido, talvez a mais organizada, cujo CD tem neste blog para download, foi a banda Vento Azul. Essa tinha condições de alcançar patamar nacional, mas se foi.
Eu particularmente nunca consegui reunir caras competentes que compreendessem o trabalho que eu levo, a não ser o último baixista da banda HTTP, Juan. Quer dizer, é difícil encontrar bons caras no sentido não de tocar mais de sacar propostas. Por exemplo, o cara que toca bem e vive de música na noite ele tem razão em não querer tocar em banda de garagem pelo fato de sobreviver de música e banda de garagem é um risco de ficar tocando em pequenos eventos e jamais ter retorno, ou de alguma forma acabar dando certo, mas é um risco que esses caras não querem correr.
No lado do rock, ou o cara é extremo ou é pop demais. Então o cara do Heavy, do HC e do EXTEMO não se permite fazer outro som fora do seu habitat por que parece estar se traindo. E ai vamos ficando na saia justa, pois o bom músico seria aquele que soubesse usar a sua arte em qualquer situação. Na verdade é que a maioria dos caras são todos abitolados mesmo. Não conseguem absorver ideias e nem trilhar novas propostas, e ai, ficam a vida toda reclamando que não ganham dinheiro com sua música nem tocam em lugar nenhum. Não é questão de música ser pesada ou não é questão de ser informado, inteligente, aberto a idéias, e nisto, Palmito City acaba por não ser bem representada.
Talvez o Diego esteja certo ao falar de organização, ou seja, se um cara conseguir reunir pessoas certas em torno de uma banda, talvez o lugar onde faça o seu trabalho não será um problema tão grande assim, uma vez que lá fora as pessoas conseguirão ver a qualidade que um grupo em acordo pode produzir, e não precisará ir embora da cidade em busca de refúgio fora.

Mas, este prefacio é para falar de um cara que conheci uns tempos atrás e foi embora. Ele teve vários projetos, sendo que o seu ultimato foi a banda Trupe Atrupelo, alias, sua última participação foi na banda Albion, mas não foi uma participação da qual alguem se orgulharia, de modo que não interessa nem falar disso.
Eu o chamava de Marquinhos. Um cara criativo e de bom gosto na arte em geral. Nossos encontros sempre começavam bem e terminavam em discussões pesadas. Uma delas o fato de ele mais participar colaborando para artes mesquinhas dos outros, do que imprimir seus trabalhos que eram muito melhores do que qualquer coisa que tenha feito como favor ou fuga. Ele não é como eu, vê mais coisas boas nas pessoas do que ruins. Daí, sempre que a gente se fala por MSN ele discordar de muitos pontos de vistas meus.
Bom, o certo é que ele foi embora. Mora atualmente nos Estado Unidos e me apresentou um trabalho seu que está fazendo por lá o qual me deixou muito feliz, e é para mostrar seu trabalho atual que eu decidir mostrar aqui sua prodigiosa capacidade de criação.

Então, curta o Indie de MARCUS MESMO:

http://www.myspace.com/marcusmesmo

Um comentário:

marcus mesmo disse...

tropicos... a madrugada dos eua nao vale nada
lendo notas de roda peh brincando de podcast, lendo a coluna anti-social de seus rivas...
e vamos indo

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