Quatro horas da tarde na rua de cima, frente ao açougue do seu Joaquim: marquin, negão, orelha, piolho, bola e mais outros, depois da chuva, reunidos jogando conversa de pentelho fora e enrolando o barbante fios de nylon no pião. Na calçada, umas quatro meninas querendo ao longe participar, mas como de costume, teciam seus diálogos por ali mesmo.
O pião voou da mão do único que estava com os pés no chão naquele asfalto frio e ainda pouco molhado, cravou seu bico de prego amolado no canto da calçada em cima daquele outro do Paulinho, o único que tinha o jogo do Banco Imobiliário na rua e que havia chegado de viagem com o super pião. Para nada mais prestou!
As meninas olhavam fixamente para o acontecido e o resto da moçada, dividida, espantados acusavam: “sem graça!” “fi de rapariga!” “massa!”.Era o menino incendiário que havia chegado na parada.
Essa é a lembrança que me vem a cabeça quando ouvi atentamente o escritor Carlos de Bayma me falar sobre o seu mais recente livro O Menino Incendiário. Sobre coisas que só quem foi menino de peripécias sabe.
Hoje, dia 16 de dezembro de 2010, o mais ousado de todos os escritores de Palmito City, acenderá o pavio da crítica ao lançar o seu terceiro livro, mas quer saber, que se foda crítica, ser galardoado por uma obra cujo conteúdo é fruto das imaginações marginais deste poeta e mestre da pena já dispensa discussões a respeito do que é ou o que não é.
Pelo que já me interei da situação, este lançamento será um bom motivo praquela galera que procura algo de alto nível pra trocar idéias a respeito de coisas bacanas no contexto universal se encontrar e acender seus charutos, eu vou lá e com muito orgulho, e espero que você compareça também.
Vai ser assim:
Dia 16 de dezembro, quinta feira
No Espaço Contágius às 20h
108 Sul, Alameda 06, Lote 24 (perto da Unitins)
A gente se vê por lá!
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