sexta-feira, 22 de maio de 2009

POUCAS E BOAS


As balinhas como troco: assalto mascarado dos grandes mercados.

Eu não sei nos outros Supermercados, mas no Quarteto que fica na entrada pra a 407 Norte, as meninas que trabalham no caixa são submetidas a um teste de fidelidade à empresa rigoroso: não dar moedas de troco e sim empurrar balinhas ao cliente.

“você aceita 10 centavos de balinhas?”

Esses dias a menina empurrando um sonho de valsa que é mais de 50 cents pra uma velhinha.

A questão é que de balinha em balinha o Supermercado vai enriquecendo. A idéia é essa é vender balas sem o cliente ter ido comprar. Você vai comprar uma coisa e acaba levando outra.

Esses dias alguém tava comigo no caixa e lá na tela apareceu assim: TROCO 0,02. Ai a menina do caixa despachou a cliente entregando a somatória no papelzinho para ele, e pronto. A mulher disse: “e meus dois centavos!” A moça do caixa: “como assim? Não entendi!”.

Indo e vindo a moça teve que chamar a gerente, a gerente ligou lá no financeiro e pediu as moedinhas. Quando o cara veio, já chegou com a mão cheia de centavinhos e deixou no caixa. Agora me responda, por que não fez antes? Por que ninguém pede os seus centavos. E quando passa de cinco, aceita balinha.

A moça do caixa se submete a isso e não reclama com o gerente por que já tem uns mil desempregados beirando sua vaga. E ai vira a coisa: MELHOR FICAR COM O RABINHO QUIETO DO QUE SENTAR EM BRASA.

O cliente aceita por que fica com pena da menina, quando compreende sua situação, ou por que são apenas centavos mesmo, não faz diferença!

Nessa, só quem se dá bem é o dono do mercado que vai enriquecendo a custa de um milhão de centavos por mês que acabam somando no final de um período um milhão de reais para seu bolso.

Os centavos existem sim. Naquele dia eu vi. No financeiro tinha. Sempre tem! Se é troco é direito, não importa quanto.

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