quinta-feira, 30 de abril de 2009

À SOMBRA DA TUA PALMA

E tudo aconteceu assim: havia um bar onde os alternativos se encontravam chamado Zanzi Bar. (comentados neste blog é claro http://revistaintolerante.blogspot.com/2008/11/zanzi-bar-alternativamente-maante.html) Era onde um circulo de pessoas com características bem parecidas se encontravam. Estes encontros eram na terça feira, pois de quinta a sábado, o lugar era outro, BILHAR BRASIL.

Só que o ZANZI BAR fechou e a galera teve que se conformar com o Bilhar, até que, uma loja de Skate Surf que ficava perto deste decidiu criar programações nos mesmos dias em que a galera fervia por lá, e então, de quarta a sábado, pouco a pouco a turma foi migrando para o ALTA TENSÃO, até que, o Bilhar mirrou e mudou de local, deixando toda a patota a mercê do outro bar, que logo, colocou duas mesas de sinucas para satisfazer as necessidades de quem ia no outro por causa das jogatinas.

Sobre estes três se conclui o seguinte, o Zanzi acabou e o Alta Tensão por intensificar sua programação com musica ao vivo de violão, bandas ao vivo entre outras coisas, acabou mandando o Bilhar lá pra trás da Palmas Brasil, bem pra longe de onde tradicionalmente funcionava. E, então, o Alta deitou-se em berço esplendido, até que, um outro ponto de encontro, não tão perto, mas que tragou toda aquela turma que circulava por ali foi aberto e pronto, o Alta Tensão experimentou o mesmo veneno do Bilhar. É claro, isso não passa de especulação do Intolerante, no fundo a historia pode não ter nada a ver com isso.

Como essa galera do dito alternativo vive de migrar de um lugar para outro, já que sua identidade é a muvuca, logo, logo, tava todo mundo de terça a sábado girando na chamada TRUPE DO BOTEQUIM na JK, divorciando-se de vez com o Alta Tensão.

Hoje, os dias de quarta a sábado no Alta são monótonos, a não ser por aqueles que gostam do estilo, BAR SOLITÁRIO, apenas para curtir um telão com vídeo clipes e uma calma de ambiente de fim de noite, enquanto que no outro lado da cidade, a Trupe ferve ao embalos do Luciano (desenho) ex-vocalista da banda NAKTA, Marcelo – vocalista da banda ASCENDA e um grupo de CHORINHO, além de outras figuras que aqui e acolá ficam transando noites com o lugar.

Mas o Alta Tensão não entregou suas fichas, e enquanto as noites ficam por conta da TRUPE, o dia fica por conta deles que jogaram NAPALM na tardes de sábado e inventaram a TARDE QUENTE, onde bandas ensaiam e o público fica até depois das 19 horas onde rola o eletrônico.

Mas não para por ai, tendo em vista que o que torna estes cantos interessantes é a música e a muvuca das pessoinhas transadas, outros points da cidade – os mais inesperados – criaram também altenativas musicais.

Me espantou um dia ir num lugar que eu não sei se panificadora, churrascaria ou bar, mas que é cheio de gaúcho e ta lá tocando o Marabá e o Marcelo. Depois fui em outro e um cara que eu nunca vi na vida tocando Zé Ramalho, e de pouco a pouco, um monte de lugar de uma hora pra outra decidiram atacar na música ao vivo para poder manter um público fixo.

É tudo o que é tocador que se possa imaginar, porém, com os repertórios tudo igualzinho, compreensivo, pois, se considerando o senso comum do público, ou dá feno ou perde o emprego. Apesar de que agora to até admirado, por que, deixaram mais o chão de giz de mão, mas tão tirando o sono do Zeca Baleiro com o Telegrama. Ou toca o Telegrama ou nunca mais volta no lugar.

Pra fugir, só indo de vez em quando no Bananas, que é onde não tem música ao vivo, mas as vezes é melhor ficar vendo DVD do Led Zeppelin, Black Sabbath, entre os da linha, do que ficar ouvindo o Telegrama exaustivamente numa noite. Digo exaustivamente por que os caras repetem as músicas mesmo.

E eis ai o fim da reza por enquanto, cai um levanta outro e o público segue fiel atrás do bonde, enquanto isso, almas miseráveis como a minha e não sei mais de quem, fica ansiando um lugar de pouca luz com balcão circular, palco com banda de rock da boa e um transito um pouco menos passarela de moda pra ficar a vontade. Épá, esse não era pra ser o Tendencies?

E assim, a sombra das palmas de Palmito City, a turma vai buscando refugio para fugir da maldita condição de viver em um lugar igual a parte mais brega de qualquer lugar, até que um dia, surja um lugar de verdade onde o mais importante não seja a portaria ou o covert, mas, acima de tudo, o produto oferecido.
Otimo feriado, e se não tiver opções para onde ir, vá para as únicas citadas aqui.

3 comentários:

Daniel S. C. Silva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Daniel S. C. Silva disse...

Rivaldo, acho que tá na hora da gente parar de lamentar como se o Tendencies tivesse acabado, e nós mesmos começar a fazer algo pra mantê-lo vivo e reerguê-lo.
Que esses outros points continuem sendo o que sempre foram: as opções alternativas, não no sentido de serem as opções dos "alternativos", mas no sentido de não serem as opções principais ou únicas.
PS: Postei de novo só pra corrigir um errinho.

reuel disse...

Será que por ai tem uns carinhas que aprenderam tocar violão ontem e usam um caderninhos de cifras na apresentação??aqui tem...hauiahiauihiauih...=*

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