quarta-feira, 18 de março de 2009

POESIA

Nirbija)

Alucinação.

não vejo luz
em parte alguma
nem gestos, olhares...
alguma expressão
um fôlego de vida
mas sinto a presença
de vultos imaginários
ouço rumores.
ecoam no espaço
por vezes ilimitado.
enquanto percorro o trajeto das sombras
me distancio...
pupilas dilatam-se
encenam-se pensamentos
velozes e atordoados
os algozes
estão a gargalhadas
sentem o cheiro da fragilidade
a ferida aberta sangra.
hemorragia de medo
rancor, insanidade e desespero
e agora teus beijos de morfina
dissipam minha dor
e aos poucos posso ver traços
obscuros...nos instantes finais
apostei todas as minhas fichas...
e meus passos foram interrompidos
não quero comprar seus sentimentos
nem satisfazer meu ego
não me traga a tona,
inconsciente não corro o risco
se teus olhos um dia se fecharem.
Durante toda uma vida
só tenho este momento reservado
para o carpie diem

By: Paulo César Jr.

Um comentário:

Anônimo disse...

muito bom!!!!

Seguidores

Revista Palmito City