quinta-feira, 26 de março de 2009

COISAS NOVAS E VELHAS

Como o dia hoje amanheceu bucólico, decidí fazer uma listinhas de coisas otimistas que combinam com o tempo....


Um velho poema enviado pelo poeta Carlos de Bayma do Poeta José Gomes Sobrinho:






Poetas e músicos materializam sonhos

Voam indisciplinadamente seguindo todos
Os nortes todos os ventos orientados
Por estrelas díspares

Não se prendem muito a planos de viagem
(tanto que um deles – Antoine de Saint-Exupéry
– quando aliava o poeta ao piloto desalinhava
O nariz do seu avião para melhor sentir o
Perfume das estreladas noites do deserto)
Poetas e músicos são nações são continentes
E não precisam que lhes calculem
Latitudes e longitudes para habitar o anjo que
Lhes circunscreve

Geografia para poetas e músicos é pura abstração

Venham de onde vieremos os poetas encontram
Os músicos a si destinados para que juntem
Letras e acordes e palavras e notas e façam
Ficar melhor esse mundaréu de meus deuses
Anunciado como propriedade do deus único
– aquele que reside em nós e nas coisas que
Nos cercam e no ar que respiramos e na água
Que bebemos

Poetas revisitam linguagens e arquitetam
Pontes que se transpõem explorando a mecância do
Recomeço ou inaugurando escalas
Sacralizadas por melodias só deles conhecidas

Por tudo isso – e por muitíssimo mais – são poetas
E músicos e a eles eu (tangente me querendo tão
Gente) insisto em me adir usando
Estas considerações em dó furtivo (muito) maior-/-

(José Gomes sobrinho in considerações em dó furtivo maior, 1996)



A nova música da banda Vento Azul enviada por Rafael Camilo, guitarrista da banda:

Baixe sua música aqui:

http://www.4shared.com/file/95073434/9751fa01/VENTO_AZUL_-_MAIS_DO_QUE_O_DOBRO.html

Letra da nova banda JARDIM SUSPENSO:

Sozinho na casa de papel

Cães cercam a minha casa
E o céu se enegreceu de rapinas negras
Que catinga os atrai?
O banquete está à mesa
Cerquem e comam como nunca
Os fortes já se invalidaram

Só quando nosso sangue se esvai
É que os vampiros rebuscam outros colos
É somente quando nossa carne já não é
Que os filés apodrecidos secam-se ao arder o sol

O que querem mais estes estranhos na noite?
Abutres de bicos de pedra
Vespas com ferrões de diamante
Nossos escudos de vidros

Estilhaços espalhados sobre o chão
Nossas armaduras de seda
Meros artefatos em vão

Um comentário:

Anônimo disse...

Cara show d bola a letra, quero ver aovivo

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